No Senado, Pedro Simon foi testemunha de momentos cruciais da história do Brasil. Resistiu à ditadura militar, desempenhando um papel de oposição, e liderou a bancada governista na aprovação do Plano Real durante o governo de Itamar Franco. Em uma entrevista recente à TV Senado aos 94 anos de idade, ele relembrou com lucidez e emoção os desafios e conquistas ao longo de seus 32 anos como senador.
Simon se destacou pela sua intensa produção legislativa, apresentando 998 proposições ao longo de seus mandatos. Entre elas, destacam-se a PEC da Bengala, que alterou a idade de aposentadoria compulsória de servidores públicos, e leis como a Semana Nacional de Prevenção da Violência na Primeira Infância e a garantia de sigilo para denunciantes ao Tribunal de Contas da União.
Além de sua atuação legislativa, Pedro Simon foi um dos coordenadores do movimento Diretas Já, que lutou pela reabertura democrática e retomada das eleições diretas para presidente da República. Ele ressaltou a importância do MDB, partido ao qual é filiado desde 1966, e sua participação ativa nas manifestações populares ao lado de outros líderes políticos.
O ex-senador também fez críticas sobre a situação atual do país, destacando a necessidade de equilíbrio e harmonia entre os três Poderes. Ele ressaltou a importância do Congresso na democracia brasileira e expressou preocupação com a proliferação de siglas partidárias, apontando a confusão gerada pela existência de 29 partidos registrados no TSE.
Pedro Simon, com sua experiência e sabedoria, continua sendo uma voz ativa na política nacional, defendendo valores democráticos e a necessidade de um país mais coeso e equilibrado em suas instituições.