Passarela flutuante une famílias separadas por enchente em Cruzeiro do Sul, no Vale do Taquari, desafiando logística na região

Nesta quarta-feira, Andrieli Flores, de 29 anos, vivenciou um momento de extrema tensão e expectativa ao se preparar para reencontrar o filho de 11 anos em Arroio do Meio, após perder sua casa na enchente que devastou o município gaúcho de Cruzeiro do Sul, localizado no Vale do Taquari, a 120 km de Porto Alegre. A ansiedade de Flores era intensa, pois para chegar até sua família ela precisava superar o medo de cruzar uma passarela flutuante sobre o rio Forqueta, entre Lajeado e Arroio do Meio, cidades castigadas pelas fortes chuvas de maio.

Essa passarela temporária se tornou o principal meio de acesso entre as duas cidades, uma vez que a ponte que as ligava foi destruída pela força das águas. A situação logística na região se tornou caótica, com a falta de acessibilidade provocada pela destruição das pontes. Histórias como a de Andrieli se repetem diariamente desde a histórica cheia que atingiu a região, aumentando os desafios enfrentados pela população.

A reconstrução das pontes já teve início, com uma construtora trabalhando na recuperação da ponte de ferro que ligava Lajeado a Arroio do Meio. No entanto, outra empresa foi contratada para a construção de uma nova estrutura na RS-130, com previsão de término em seis meses. Enquanto as obras não são concluídas, a população precisa se adaptar e utilizar a passarela flutuante como única alternativa de travessia.

O movimento constante de pessoas na passarela revela a dificuldade enfrentada diariamente pelos moradores da região. A professora aposentada Márcia Elisa Garibotti teve sua rotina completamente alterada pela queda da ponte, fazendo com que o deslocamento entre cidades antes feito em 40 minutos passe a levar cerca de cinco horas.

O empresário Gaspar Mallmann e o técnico agropecuário Anderson Klafki são exemplos de profissionais afetados pela destruição das pontes, que precisam adaptar suas rotinas e encontrar soluções para as dificuldades logísticas causadas pela enchente. A passarela flutuante se tornou essencial para minimizar os impactos da tragédia ambiental na região, facilitando o acesso e a mobilidade dos moradores.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo