Repórter São Paulo – SP – Brasil

Partidos de esquerda têm menor número de prefeitos de capitais desde 1985, eleição de 2024 reflete redução no espectro político.

Nas eleições municipais de 2024, os partidos de esquerda tiveram um desempenho abaixo do esperado, com o menor número de prefeitos eleitos em capitais desde 1985. Apenas João Campos (PSB), em Recife, e Evandro Leitão (PT), em Fortaleza, foram eleitos por partidos alinhados à esquerda no espectro político. Esta redução representa um marco histórico, já que desde 1985 nunca havia sido registrado um número tão baixo de prefeitos de esquerda eleitos.

A predominância de prefeitos de direita nas capitais nordestinas representou uma reviravolta em relação ao cenário de 2004, quando os partidos de esquerda chegaram a controlar 8 das 9 capitais da região. Atualmente, as legendas de direita são maioria em seis capitais nordestinas, mostrando uma mudança significativa no cenário político local.

Em Aracaju, a eleição de Emília Corrêa (PL), aliada de Jair Bolsonaro, representou uma virada em relação às últimas eleições municipais, que haviam escolhido prefeitos alinhados à esquerda. Esse resultado reflete as transformações políticas em curso no país, com o avanço de forças de direita em algumas regiões.

Historicamente, o PT, o PDT e o PSB são os partidos de esquerda que mais elegeram prefeitos nas capitais do país. Porém, nos últimos anos, essas legendas têm enfrentado crises e desafios políticos, o que refletiu nos resultados das eleições de 2024. A vitória de Leitão em Fortaleza marca um retorno do PT a um cenário mais positivo em capitais, reminiscente da primeira vitória do partido na cidade em 1985.

No segundo turno das eleições, os partidos de esquerda concorreram em seis das 15 capitais que tiveram uma segunda rodada, vencendo em apenas uma delas. De modo geral, a esquerda enfrentou dificuldades nas eleições municipais de 2024, com derrotas significativas em importantes capitais do país.

Exit mobile version