A Reserva Parques, concessionária responsável pelo parque desde 2022, pretende doar parte do plantel para uma ONG, com o objetivo de reduzir a superpopulação de aves no local. Segundo a empresa, um estudo realizado em 2018 apontou que a população atual de aves no parque é excessiva, justificando a necessidade de medidas de redução, incluindo a doação dos animais.
É importante ressaltar que é proibido abater a população de aves no parque, uma vez que o local é tombado pela Condephaat, o que significa que toda a área é considerada intocável. No entanto, a decisão de prender as aves em recintos não eliminou os problemas no parque, como evidenciado pelo mau cheiro produzido pela aglomeração de animais, que tem sido motivo de reclamação por parte dos visitantes.
Apesar disso, moradores da região e alguns conselheiros do parque defendem a manutenção dos animais. Regina de Lima Pires, uma dessas defensoras, expressou seu descontentamento com a administração atual durante uma assembleia no mês de dezembro, embora seu apelo tenha sido aparentemente ignorado pela gestão.
Pires enfatizou a importância dos animais para a história e identidade do parque, destacando que é errado tentar eliminá-los por qualquer motivo. Ela também levantou preocupações quanto ao bem-estar dos animais, que podem viver de 5 a 10 anos e merecem cuidados adequados.
Em resumo, o Parque da Água Branca enfrenta um impasse em relação à gestão de sua população de aves, com o desafio de equilibrar as preocupações sanitárias, as demandas da comunidade local e a necessidade de preservar o patrimônio histórico e natural da região. A decisão sobre a doação das aves e a manutenção do equilíbrio no parque continua sendo tema de debate e reflexão.
