Repórter São Paulo – SP – Brasil

Pacientes transplantados pelo SUS no Rio são infectados por HIV; Secretaria de Saúde e Ministério investigam caso sem precedentes.

Pacientes transplantados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no Rio de Janeiro foram surpreendidos por uma situação inimaginável: terem sido infectados por HIV. A Secretaria de Estado de Saúde (SES) confirmou as informações, classificando o caso como “sem precedentes e inadmissível”. Segundo a SES, o Ministério da Saúde também se pronunciou, revelando que dois doadores e seis receptores testaram positivo para o vírus até o momento.

A gravidade da situação levou a SES e o Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj) a abrirem sindicâncias para identificar e punir os responsáveis. O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) e a Polícia Civil também iniciaram inquéritos para investigar o ocorrido.

Diante da repercussão desse caso, tanto a SES quanto o Ministério da Saúde reforçaram a segurança de toda a rede de transplantes no país. O Sistema Nacional de Transplantes, reconhecido como um dos mais seguros e transparentes do mundo, possui normas rigorosas para proteger tanto doadores quanto receptores, garantindo a confiabilidade dos procedimentos realizados no Brasil.

O Sistema Nacional de Transplantes é considerado o maior programa público de transplante de órgãos, tecidos e células do mundo, garantindo atendimento a toda a população por meio do SUS, que financia cerca de 88% dos transplantes realizados no país.

As infecções por HIV ocorreram após testes feitos por um laboratório privado, o PCS. O laboratório, contratado pela Fundação Saúde, teve seus serviços suspensos e foi interditado cautelarmente após a confirmação dos casos. O Ministério da Saúde determinou uma auditoria urgente e apuração de eventuais irregularidades na contratação do laboratório.

A situação é considerada gravíssima pelas autoridades de saúde e de fiscalização. A SES destacou a importância de garantir a segurança dos pacientes afetados e criou uma comissão multidisciplinar para acolhê-los. O Cremerj também se pronunciou, afirmando que a situação é inaceitável e que está investigando o caso com rigor.

O MPRJ e a Polícia Civil estão conduzindo investigações sobre o ocorrido, mantendo os procedimentos em sigilo. O laboratório envolvido anunciou a abertura de uma sindicância interna para apurar as responsabilidades e está prestando suporte aos pacientes e familiares infectados.

Diante dessa conjuntura chocante, as autoridades e órgãos competentes estão empenhados em esclarecer o caso, garantir a segurança dos pacientes e punir os responsáveis por esse erro inaceitável no sistema de transplantes no Rio de Janeiro.

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