Marçal encontrou sucesso ao se afastar da abordagem tradicional das igrejas evangélicas, focando em uma teologia sem religiosidade institucionalizada. Para ele, a relação com o divino é individual e direta, sem a necessidade de intermediários como templos e igrejas. Sua visão de cristianismo vai além da religião, sendo definida como um estilo de vida.
Em parceria com Eduardo Reis, Marçal lançou o livro “A Bíblia que Você Não Leu”, propondo uma interpretação secreta e inovadora dos textos sagrados, desafiando as estruturas tradicionais religiosas. Apesar das críticas pela qualidade da escrita e pelas interpretações ousadas das narrativas bíblicas, Marçal defende a utilização da Bíblia como base para o sucesso pessoal, afirmando que Jesus foi o maior coach da história.
No entanto, a falta de enfoque na salvação espiritual e a ênfase na realização material imediata levantam questionamentos sobre a capacidade de Marçal em lidar com os desafios coletivos de uma grande cidade como São Paulo. Enquanto sua mensagem de individualismo e sucesso pessoal ressoa com alguns eleitores, a ausência de propostas concretas para os problemas sociais e estruturais da cidade evidenciam deficiências em seu projeto político.
A abordagem de Marçal, embora inovadora e polêmica, enfrenta o desafio de conciliar sua visão de sucesso pessoal com a necessidade de enfrentar as demandas coletivas e estruturais de uma cidade complexa como São Paulo. Seu discurso antipolítico e focado no indivíduo pode não ser suficiente para solucionar os problemas sociais e econômicos que afetam a população mais vulnerável da cidade.
