Ouro fecha em alta impulsionado por incertezas globais e ataque de Israel ao Líbano em retaliação ao Hezbollah.

O mercado de ouro fechou em alta nesta terça-feira, 30, impulsionado pelo cenário econômico global incerto e pela tensão geopolítica após Israel atacar a capital do Líbano, Beirute, em retaliação ao Hezbollah. O ouro para dezembro encerrou o dia com uma alta de 1,09%, atingindo US$ 2.451,90 a onça-troy, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex).

Mesmo com o dólar e os juros dos Treasuries fortalecidos durante a maior parte da sessão, o ouro conseguiu operar em alta, encontrando suporte no ambiente de incerteza da economia global e nas expectativas de cortes de juros pelo Federal Reserve (Fed) em breve. O Conselho Mundial do Ouro destacou em seu último relatório que, com fundamentos sólidos, os preços do metal podem se manter ou até mesmo aumentar ao longo do segundo semestre.

No entanto, o Commerzbank aponta que os preços próximos dos níveis mais altos da série histórica podem limitar a demanda por ouro ou alterar a sua forma de consumo. Na China, por exemplo, o banco alemão prevê uma redução na demanda por joias e um aumento na demanda por barras e moedas do metal.

A situação geopolítica também influenciou no movimento de alta do ouro, com o enfraquecimento do dólar em relação ao iene e dos juros dos Treasuries na reta final do pregão, em meio a um aparente fluxo de demanda por segurança. O ataque de Israel a Beirute, em retaliação aos ataques do Hezbollah, trouxe ainda mais incertezas ao mercado.

Diante desse cenário de múltiplos fatores influenciando o preço do ouro, os investidores permanecem atentos às notícias e aos próximos movimentos dos principais atores do mercado financeiro global.

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