Repórter São Paulo – SP – Brasil

Órgãos públicos publicam conteúdo no Twitter mesmo após suspensão da rede social no Brasil.

Dois tribunais superiores e ao menos quatro ministérios foram flagrados realizando postagens no Twitter mesmo após a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF, de suspender a rede social no Brasil. Mesmo após a determinação judicial, no último dia 30, órgãos como o TSE, TST, os ministérios do Turismo, Portos e Aeroportos, Transportes e Desenvolvimento Regional continuaram a publicar conteúdos na plataforma.

Em uma consulta feita pela Folha em Washington, nos Estados Unidos, foi identificado que o TSE fez postagens no sábado e domingo, com informações relacionadas às eleições. O TST também publicou sobre pronunciamentos de magistrados em um evento, justificando que as postagens estavam agendadas antes do bloqueio da rede e que não conseguiram cancelá-las.

O Ministério dos Portos destacou um modelo de avião da Boeing em operação pela Gol, explicando que a publicação já estava programada antes da decisão judicial. O Ministério dos Transportes ressaltou a qualidade das rodovias em suas postagens, também agendadas previamente à determinação do STF.

A decisão de Moraes em derrubar o funcionamento do Twitter no Brasil foi seguida pela Anatel, que comunicou aos provedores de internet a necessidade de bloqueio da plataforma. As operadoras têm até cinco dias para implementar as restrições tecnológicas, mas as principais empresas já impediram o acesso à rede social.

Diante desse cenário, os órgãos que continuaram a postar no Twitter mesmo após a suspensão levantam questões sobre o cumprimento das decisões judiciais e a responsabilidade dos gestores públicos. A falta de coordenação para interromper as postagens programadas antes do bloqueio evidencia a necessidade de maior atenção e alinhamento com as determinações legais.

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