Segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), há projeções que apontam para condições desfavoráveis para o subsistema Sudeste/Centro-Oeste, incluindo a usina de Marimbondo. Afluências da ordem de 51% da média de longo prazo são esperadas para o período de julho a dezembro de 2024. O ONS afirma que mantém um acompanhamento contínuo das condições hidrometeorológicas das bacias e que as políticas operativas consideram a segurança hídrica dessas regiões.
A empresa Climatempo alerta que grande parte das regiões Sudeste e Centro-Oeste está há mais de 150 dias sem chuvas expressivas, o que agrava a situação de escassez de água. De acordo com o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico do ONS, no entanto, não há riscos relacionados ao abastecimento de energia elétrica no Sistema Interligado Nacional (SIN).
O histórico de seca na região mostra que, em 2021, a represa de Marimbondo atingiu seu menor volume, com apenas 15,80% da capacidade. Mesmo em 2020, a situação não foi muito melhor, com a represa atingindo apenas 38,60% da capacidade. O meteorologista Guilherme Borges, da Climatempo, destaca a importância da hidrelétrica para a produção de energia e ressalta que os últimos meses têm sido muito secos.
A Eletrobrás Furnas, responsável pela usina de Marimbondo, informa que a unidade segue operando conforme as orientações do ONS. Mesmo diante dos desafios causados pela seca, é importante ressaltar que o inverno no Brasil é um período naturalmente mais seco. A tendência é que a situação se agrave nos próximos meses, com a persistência de bloqueios atmosféricos que prejudicam a formação de chuvas significativas.
Além disso, o Monitor de Secas da Agência Nacional de Águas aponta a intensificação do fenômeno nas regiões de São Paulo e Minas Gerais, com áreas de severa seca. Essas informações são essenciais para orientar as ações públicas de curto e longo prazo visando o uso consciente e sustentável dos recursos hídricos.