Entre os capturados estão Marcelo Araújo Bormevet, ex-chefe da Coordenação-geral de Credenciamento de Segurança e Análise de Segurança Corporativa da Abin; Giancarlo Gomes Rodrigues, militar do Exército ligado ao Centro de Inteligência Nacional (CIN) da Abin; Richards Pozzer, artista gráfico indiciado na CPI da Covid por disseminação de desinformação; Mateus de Carvalho Spósito, ex-assessor da Coordenação-Geral de Conteúdo e Gestão de Canais da Secretaria de Comunicação Institucional; e Rogério Beraldo de Almeida, acusado de propagar fake news com base em informações fornecidas pela ‘Abin Paralela’.
De acordo com a Polícia Federal, auxiliares do então chefe da Abin, Alexandre Ramagem, abasteciam um grupo no WhatsApp com informações falsas sobre membros do Supremo Tribunal Federal (STF), políticos de oposição e jornalistas, com plena ciência da falsidade dessas informações. Ramagem nega as acusações, alegando motivação política devido à sua intenção de concorrer à prefeitura do Rio de Janeiro nas próximas eleições.
Além disso, a Polícia Federal aponta “indícios veementes” de corrupção passiva e deseja aprofundar as investigações sobre este aspecto. A organização criminosa envolvida no caso ainda não teve todos os seus integrantes identificados, e a PF destaca a continuidade das ações de desinformação, inclusive por parte de foragidos. A investigação também revelou que o sistema FirstMile, utilizado pela Abin, teria feito 33 mil monitoramentos ilegais durante a gestão de Bolsonaro, além de possíveis casos de coerção indireta para evitar demissões de servidores envolvidos.
O desdobramento dessa operação escandalosa ainda promete trazer à tona novos detalhes e revelações sobre as atividades ilícitas da ‘Abin Paralela’ e seus cúmplices. A sociedade aguarda por justiça e transparência para que casos como esse não voltem a se repetir.