Segundo informações divulgadas, o grupo atuava desmontando os veículos roubados e vendendo suas peças em diversas partes do Brasil, movimentando mais de R$ 30 milhões em um período de um ano. Esta ação faz parte da segunda fase da Operação Torniquete, que visa combater os crimes de roubo, furto e receptação de cargas e veículos. Até o momento, a operação já resultou na prisão de 106 criminosos em apenas 35 dias.
O secretário de Polícia Civil, delegado Felipe Curi, enfatizou que a Operação Torniquete vai além das ações de repressão qualificada, incluindo também trabalho de inteligência e investigação. Ele ressaltou que essa é apenas a primeira de muitas operações do tipo, com planos para mirar a lavagem de dinheiro de líderes de facções criminosas e de todos os envolvidos nesse esquema.
De acordo com as autoridades, as facções criminosas desempenham um papel fundamental na organização e execução desses tipos de crimes. No estado do Rio de Janeiro, cerca de 80% dos roubos de veículos e 90% dos roubos de cargas são atribuídos a esses grupos, que utilizam as comunidades como bases operacionais.
A investigação apontou que a quadrilha, liderada por Geonário Fernandes Pereira Moreno, conhecido como “Genaro” (falecido), desmontava aproximadamente 80 veículos roubados por semana, para posterior venda das peças e acessórios. Os automóveis eram levados para comunidades de Belford Roxo, onde eram desmontados e as peças armazenadas em depósitos alugados em nomes de terceiros. Posteriormente, o material era enviado para São Paulo e distribuído para Goiás, Santa Catarina e Bahia, onde eram comercializadas por ferros-velhos e lojas de autopeças.
A ação da Polícia Civil representa um importante passo no combate aos crimes de roubo, furto e receptação de cargas e veículos, mostrando o compromisso das autoridades em garantir a segurança e a ordem pública em todo o território nacional. Novas operações do tipo estão sendo planejadas para desarticular outras células criminosas e coibir a atuação de organizações do crime.