Operação policial prende influenciadoras digitais envolvidas em esquema de drogas para cigarros eletrônicos no Distrito Federal.

Uma operação realizada pela Polícia Civil do Distrito Federal resultou na prisão de três influenciadoras digitais envolvidas em uma quadrilha especializada na importação e comércio de óleo de maconha para cigarros eletrônicos. A ação, que ocorreu na manhã desta quarta-feira (24), faz parte da operação Nárke, do Ministério da Justiça, com o objetivo de desmantelar uma rede criminosa que atuava nos crimes de lavagem de dinheiro, tráfico internacional de drogas e crimes contra a saúde pública.

A polícia cumpriu um total de 12 mandados de busca e apreensão e 9 mandados de prisão em São Paulo, Rio de Janeiro e no Distrito Federal. As influenciadoras presas foram identificadas como Rhaynara Didoff, Letícia Correia Castro e Elisa Marden. Até o momento, a defesa das acusadas não foi localizada para comentar sobre o caso. Já no Rio de Janeiro, o responsável pelas vendas online dos produtos foi detido.

De acordo com as investigações, os criminosos adquiriam a droga de vendedores nos Estados Unidos e a faziam entrar no Brasil via Paraguai, utilizando portes de cera de depilação. A droga passava pela fronteira em Foz do Iguaçu (PR) e seguia para São Paulo, onde era manipulada e envasada em refis de cigarro eletrônico e frascos de CBD, substância da maconha utilizada para tratamentos medicinais.

Os traficantes misturavam solventes e aromatizantes ao óleo de maconha, que era posteriormente comercializado em sites e redes sociais. Profissionais de TI sediados no Rio de Janeiro eram responsáveis pela criação das plataformas de comércio eletrônico do grupo, que utilizava números internacionais para contato com clientes via WhatsApp, conforme informações da Polícia Civil.

A polícia destacou que o grupo realizava publicidade nas redes sociais, chegando a pagar influenciadores digitais para divulgar o negócio, além de montar plataformas próprias de comércio eletrônico. Também foi identificada uma rede de lavagem de dinheiro, envolvendo contas bancárias de terceiros, empresas fantasmas e laranjas.

Segundo a investigação, os líderes do grupo, sediados no interior de São Paulo, não tinham contato direto com as drogas, que eram enviadas a traficantes e usuários por meio de contrato com uma empresa privada. O lucro mensal estimado somente nas vendas online chega a R$ 2 milhões. A polícia segue investigando o caso para identificar e punir todos os envolvidos neste esquema criminoso.

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