Operação Irrestrita da PF desmantela plano de sequestro e atentado contra autoridades políticas, atuando em todo o território nacional.

A Polícia Federal (PF) desencadeou na manhã desta quinta-feira, 14, a Operação Irrestrita, visando desmantelar uma célula do Primeiro Comando da Capital (PCC) que tinha como alvo sequestros e atentados contra autoridades. De acordo com informações apuradas, a quadrilha estava monitorando os presidentes do Senado Federal e da Câmara dos Deputados, Rodrigo Pacheco e Arthur Lira, respectivamente.

Com o apoio da Polícia Militar e do Ministério Público do Estado de São Paulo, a PF cumpriu 16 mandados de busca e apreensão, além de três ordens de prisão preventiva em São Paulo. O objetivo da operação foi coletar provas para verificar o status dos planos dos investigados.

A ação é um desdobramento da Operação Sequaz, que em março mirou uma quadrilha ligada à facção paulista que planejava sequestrar o senador Sergio Moro. Durante as investigações, a Polícia Federal identificou monitoramentos feitos pelo grupo em suspeita, observando imagens feitas pela internet, juntamente com comentários, sobre a residência oficial dos presidentes do Senado Federal e da Câmara dos Deputados.

O inquérito da Operação Irrestrita foi abastecido com um relatório de inteligência do Ministério Público de São Paulo, que aponta que os integrantes da célula ‘Restrita’ da facção tinham em seus celulares as fotos das casas de Pacheco e Lira. Também constava dos aparelhos uma pesquisa sobre imóveis na Península dos Ministros, no Lago Sul, em Brasília.

A avaliação da Promotoria é a de que tais informações demonstram que houve determinação da cúpula do PCC para que esse setor realizasse levantamentos das referidas autoridades da República. As apreensões da Sequaz foram citadas no relatório do MP paulista logo após o órgão relatar indícios de que, menos de dois meses depois da prisão de Nefo – um dos líderes da quadrilha desbaratada na Sequaz – o PCC movimentou outros integrantes para atuarem na ‘Restrita’.

Segundo o documento, prestações de contas dos meses de maio, junho e julho de 2023 demonstraram que a célula do PCC “estaria com uma missão no Distrito Federal, onde alguns de seus integrantes alugaram um imóvel pelo valor de R$2.500,00 mensal, para servir como base de apoio”.

O relatório da Polícia Federal em Cascavel (PR) sobre os achados da Sequaz apontou como as provas corroboravam a hipótese de um núcleo do PCC “montado para a prática de crimes violentos contra servidores públicos, notadamente em Estados do Brasil que possuem Penitenciárias Federais”.

Os investigadores citaram planilhas de gastos em Rondônia, Mato Grosso do Sul, Paraná e no Distrito Federal, além de anotações obtidas no monitoramento telemático, com planos de ataques claros para as cidades de Cascavel, Curitiba, Campo Grande e Porto Velho. Além disso, citaram as imagens feitas pela internet, com comentários acerca das imagens sobre a residência oficial dos presidentes do Senado Federal e da Câmara dos Deputados.

A PF continua atuando para coletar mais informações e descobrir outros possíveis integrantes dessa célula criminosa, com o objetivo de garantir a segurança das autoridades e da população. A investigação prosseguirá para identificar eventuais outros planos do PCC no território nacional.

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