Ao todo, foram cumpridos cinco mandados de prisão preventiva e 76 ordens de busca e apreensão em seis estados brasileiros: Rondônia, Amazonas, Mato Grosso, Paraná, Ceará e São Paulo. A investigação, que teve origem na 7ª Vara Federal do Amazonas, resultou também no sequestro de R$ 1,6 bilhão em bens dos suspeitos.
De acordo com as autoridades, a organização criminosa atuava de diversas maneiras, incluindo a exploração ilegal de áreas protegidas, a criação de gado “fantasma” para burlar restrições ambientais, a venda fraudulenta de créditos de madeira e a obtenção de licenças de forma ilícita. Estima-se que mais de 1 milhão de metros cúbicos de madeira em tora foram explorados clandestinamente, causando um impacto ambiental expressivo.
Além disso, os investigadores descobriram que a quadrilha também estaria envolvida em grilagem de terras, em um esquema que perdurou por mais de uma década. O ponto inicial das atividades ilegais teria sido na cidade de Lábrea, localizada a 850 km de Manaus, com a falsificação de documentos e títulos de propriedade.
A partir das informações levantadas durante a Operação Greenwashing, a Polícia Federal pretende continuar aprofundando as investigações e identificando outros envolvidos no esquema criminoso, visando combater de forma eficaz crimes ambientais e financeiros desse tipo no país.