A operação visa cumprir 15 mandados de prisão e oito de busca e apreensão, tendo como principal alvo Álvaro Malaquias Rosa, conhecido como Peixão, apontado como chefe da facção Terceiro Comando Puro (TCP) que controla o Complexo de Israel. Peixão possui sete mandados de prisão em aberto por diversos crimes, incluindo homicídio, ocultação de cadáver, furto, roubo e invasão de domicílio.
O líder criminoso é conhecido por ordenar a pintura de passagens bíblicas nos muros da comunidade, além de promover a instalação de estrelas de Davi e bandeiras de Israel, o que resultou na alcunha de Complexo de Israel para a região de Parada de Lucas e Vigário Geral.
De acordo com as investigações da polícia, Peixão também é responsável por ameaças a frequentadores de umbanda e candomblé, determinando o fechamento de terreiros e casas de culto.
Durante a operação, os policiais encontraram dificuldades de acesso à comunidade. Um veículo blindado da Polícia Civil ficou preso em uma trincheira, enquanto barricadas foram incendiadas e um caminhão foi colocado no meio da rua para impedir a passagem de viaturas.
Além disso, dois postos de saúde na região suspenderam suas atividades temporariamente, enquanto as escolas já estavam fechadas para conselhos de classe e não foram afetadas pelas ações policiais.
A ação conta com a participação de policiais civis da capital, da Baixada Fluminense e do interior, da subsecretaria de inteligência e da Core (Coordenadoria de Recursos Especiais), reforçando o combate ao tráfico de drogas e crimes associados no Rio de Janeiro.