Operação de guerra é montada perto da Usina do Gasômetro em Porto Alegre para socorrer vítimas das enchentes.

Em meio a uma tragédia de proporções imensuráveis, uma operação humanitária de grandes proporções foi montada próximo à Usina do Gasômetro, na orla do rio Guaíba, em Porto Alegre. Tendas foram erguidas para separar áreas de recém-resgatados e para distribuição de roupas e alimentos. A situação era caótica, com olhares atônitos misturados a lágrimas e até momentos de tranquilidade para alguns que pareciam ainda não compreender a gravidade do que estava acontecendo após seis dias de enchentes no Rio Grande do Sul, uma das piores da história do estado.

As consequências da tragédia já contabilizavam 83 mortes confirmadas até o momento, segundo o último boletim divulgado. Diante desse cenário desolador, o governo federal decretou estado de calamidade pública em 336 municípios gaúchos, visando facilitar a transferência emergencial de recursos federais para auxiliar as localidades atingidas pelos desastres naturais.

Nesse contexto de desespero e solidariedade, o presidente Lula realizou uma visita ao estado pela segunda vez em uma semana, prometendo criar um “plano de prevenção de acidentes climáticos” após o sobrevoo das áreas afetadas. Enquanto voluntários se mobilizavam para ajudar os resgatados, cachorros também eram resgatados e passavam por triagem, gerando momentos de emoção para aqueles que aguardavam notícias de seus animais de estimação.

Dentre os relatos de sobreviventes, destaca-se o drama da família de Vitor Santos de Lima, 44 anos, que chegou à capital junto com a esposa, o filho e as gêmeas recém-nascidas, após enfrentarem a fúria das águas em Eldorado do Sul. O casal relatou as dificuldades e perdas materiais, mas mantiveram a esperança de reconstruir suas vidas.

A Defesa Civil gaúcha emitiu alerta vermelho para as regiões mais atingidas, como Bagé, Pelotas, Rio Grande e Santana do Livramento, prevendo mais chuvas intensas e riscos de alagamentos. O cenário de destruição e perdas é devastador, mas a solidariedade e a esperança de dias melhores estão presentes entre aqueles que precisam reconstruir suas vidas após a catástrofe.

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