Operação da Polícia Civil do Rio desmantela esquema milionário de lavagem de dinheiro ligado à facção criminosa Povo de Israel em presídios.

A Polícia Civil do Rio de Janeiro deflagrou, nesta terça-feira (22), a primeira fase da Operação 13 Aldeias, que teve como alvo um esquema de lavagem de dinheiro através de laranjas, utilizado para abastecer a organização criminosa autodenominada Povo de Israel. Segundo as investigações, o grupo teria movimentado cerca de R$ 70 milhões ao longo de dois anos, provenientes de crimes como tráfico de drogas e extorsão por falsos sequestros.

A ação foi realizada pela Delegacia Antissequestro (DAS) da Polícia Civil, com o apoio da Subsecretaria de Inteligência e Corregedoria da Secretaria de Administração Penitenciária do estado. A investigação que resultou na operação teve início há 10 meses e aponta para a existência de um esquema complexo dentro de presídios, envolvendo diversas regiões do estado do Rio de Janeiro, bem como a presença de criminosos também no Espírito Santo.

As diligências da Operação 13 Aldeias tiveram foco nas regiões de Copacabana e Irajá, na capital fluminense, além de municípios como São Gonçalo, Maricá, Rio das Ostras, Búzios e São João da Barra, no interior do estado. Segundo a Secretaria de Estado de Polícia Civil, a organização criminosa Povo de Israel surgiu em 2004, a partir de uma rebelião, e atualmente possui cerca de 18 mil presos distribuídos em 13 unidades prisionais, que são chamadas de “aldeias” pelos detentos.

Nesta fase inicial da Operação, foram cumpridos 44 mandados de busca e apreensão, bloqueio de contas bancárias e afastamento da função pública de cinco policiais penais. Para fornecer mais detalhes sobre a ação, a Polícia Civil irá realizar uma entrevista coletiva na Cidade da Polícia, na zona norte do Rio de Janeiro, no final desta manhã. A operação visa desarticular o esquema de lavagem de dinheiro e combater as atividades criminosas do Povo de Israel na região.

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