Em nota, Wanderlei Barbosa defendeu-se, alegando que na época dos fatos investigados ele era vice-governador e não era responsável por nenhuma despesa relacionada ao programa de cestas básicas durante a pandemia. Ele também afirmou que sua única menção na investigação foi em relação a um consórcio informal de R$ 5.000,00 com outras 11 pessoas, onde uma delas estava sob investigação.
Outro alvo da operação que teve dinheiro confiscado foi João Coelho Neto, apontado como “laranja” no esquema de contratação de empresas que não entregavam todas as cestas básicas contratadas, ficando com o valor integral do pagamento. Com João Coelho Neto foram apreendidos R$ 24.365,00.
Além disso, a Polícia Federal informou que João Coelho Neto responde a uma ação penal por extorsão e ameaça juntamente com o ex-policial Wolney Max de Souza, pai do assessor especial de Wanderlei, Warks Marcio Souza. A dupla teria ameaçado outro “laranja” do esquema em disputa pelos contratos fraudulentos.
A operação contou com autorização do ministro Mauro Campell, que assumirá a presidência do Superior Tribunal de Justiça, e resultou no cumprimento de mandados em 42 endereços ligados aos desvios de recursos na distribuição de cestas básicas. Além do governador Wanderlei Barbosa, outros membros de sua família foram alvos da operação, incluindo a primeira-dama e seus filhos.
Outros nomes de destaque envolvidos na operação incluem ex-secretários estaduais, controladores do Estado e membros de associações comerciais. A investigação continua em andamento para apurar todas as irregularidades relacionadas aos desvios de recursos destinados à distribuição de cestas básicas durante a pandemia.