As chamas se alastraram pela margem do Rio Paraguai e chegaram até a Bolívia, despertando a preocupação das autoridades e da população local. Agentes da PF se deslocaram até Corumbá para realizar buscas em três endereços ligados aos suspeitos de serem os responsáveis pelas queimadas, em uma operação conjunta com o Ibama e a Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal de Mato Grosso do Sul.
Durante a ofensiva, foram apurados diversos crimes, que vão desde incêndio e desmatamento até exploração ilegal de terras da União, falsidade ideológica, grilagem de terras e associação criminosa. Segundo o inquérito, a área afetada pelos incêndios já vinha sendo alvo recorrente de crimes ambientais e, após a devastação causada pelo fogo, teria sido objeto de fraudes para a obtenção irregular de propriedade.
Além disso, a PF identificou indícios de manejo irregular de gado, proveniente da Bolívia, na área desmatada, levantando preocupações adicionais sobre a origem dos animais e sua possível vinculação com as práticas criminosas investigadas. A operação segue em andamento e novas informações podem surgir nas próximas horas, à medida que mais detalhes sobre o caso são revelados pelas autoridades.
A população local e os defensores do meio ambiente aguardam por resultados concretos das investigações, a fim de que os responsáveis por essa devastação sejam identificados e devidamente responsabilizados perante a justiça. A preservação do Pantanal e de outras áreas naturais é fundamental para a manutenção do equilíbrio ecológico, sendo imperativo combater vigorosamente qualquer tipo de crime ambiental que ponha em risco esses preciosos ecossistemas.