Segundo a vice-presidente, há uma dívida histórica no reconhecimento dos povos afrodescendentes, e tem sido um desafio explicar essa questão para os países membros da organização. Ela mencionou que o termo “povo afrodescendente” já deveria ser suficiente para que fossem compreendidos. Esse debate ocorreu durante o lançamento do Centro de Inovação Baobab, uma organização que promove estudos e a justiça étnico-racial com foco em gênero e meio ambiente, com apoio da Fundação Ford.
Líderes como Márquez estão liderando o movimento pelo reconhecimento das comunidades afrodescendentes, como os quilombolas, visando a preservação da biodiversidade global. O primeiro rascunho da conferência de biodiversidade COP16 da ONU trouxe, de forma inédita, a menção explícita do papel fundamental das comunidades afrodescendentes na preservação da biodiversidade e na produção sustentável.
Esse documento ressalta a importância de reconhecer a contribuição das comunidades e pessoas afrodescendentes, incorporando seus estilos de vida tradicionais, conhecimentos e territórios. Além disso, o texto convida as partes a oferecer apoio financeiro a essas práticas, representando um primeiro passo para um reconhecimento mais amplo dos afrodescendentes como povo.
Portanto, as críticas e pressões feitas pelos líderes afrodescendentes demonstram a necessidade de uma maior inclusão e representatividade dessas comunidades dentro da ONU e de outras instâncias globais, visando a promoção da justiça étnico-racial e a preservação da biodiversidade.
