O recorde atual na capital paulista foi registrado em 17 de outubro de 2014, com 37,8°C. Na última segunda-feira (13), os termômetros do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) marcaram 37,7°C no mirante de Santana, na zona Norte, o dia mais quente do ano na cidade e o segundo dos 80 anos de medição do Inmet.
Nesta quinta-feira, a previsão é que a temperatura atinja os 38°C na capital paulista, por volta das 15h. A umidade do ar deve cair bastante no ápice do calor, chegando a apenas 15%. No entanto, a previsão também indica que a chuva deve chegar em pancadas isoladas no fim da tarde, o que deve contribuir para a queda das temperaturas.
A expectativa é que a sexta-feira ainda seja muito quente, com a máxima chegando aos 36°C, mas a chegada de uma frente fria começará a mudar o tempo, provocando muita chuva. A Defesa Civil paulista emitiu um alerta para tempestades e rajadas de vento intensas para todo o estado de São Paulo, previstas entre esta sexta e domingo (19).
Tanto o sábado (18) quanto o domingo terão cenários semelhantes, com muito calor no sábado e temperatura máxima mais amena no domingo, devido à chuva e ao vento. Na segunda-feira (20), Dia da Consciência Negra, a previsão é de temperatura amena, com chuva a qualquer hora do dia. Nos dias seguintes, as temperaturas devem aumentar aos poucos, mas os dias serão nublados e com pancadas de chuvas à tarde e à noite.
Em outros estados, a tendência é de que a onda de calor persista, especialmente nos estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Goiás, São Paulo e Rio de Janeiro. Cuiabá e Rio de Janeiro devem ser as capitais mais quentes nesta quinta-feira, com previsão de temperaturas de até 40°C.
Especialistas apontam que, embora não seja comum ter ondas de calor intensas em dezembro, o prognóstico é de que o calor continue. Isso se deve ao fenômeno El Niño, formado pelo aquecimento das águas do oceano Pacífico equatorial, que tem alterado a circulação atmosférica e contribuído para o aumento das temperaturas. O El Niño também tem agravado a seca no Nordeste e contribuído para o bloqueio da circulação de frentes frias, aumentando as chuvas na região Sul do país.