Repórter São Paulo – SP – Brasil

OMS pede trégua humanitária em Gaza para vacinação contra poliomielite devido ao primeiro caso confirmado em 25 anos.

Nesta sexta-feira, foi confirmado o primeiro caso de poliomielite na Faixa de Gaza, levando o comissário-geral da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados Palestinos (Unrwa), Philipe Lazzarini, a emitir um alerta sobre a importância de uma pausa humanitária na região para evitar a disseminação da doença. Lazzarini destacou que a doença não faz distinção entre crianças palestinas e israelenses, ressaltando a necessidade de vacinação para proteger todas as crianças menores de 10 anos.

A Unrwa colocará seus centros de cuidados primários de saúde e clínicas móveis à disposição da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) para realização de campanhas de vacinação contra a poliomielite. A OMS confirmou o caso de poliomielite em um bebê de 10 meses que não havia recebido as doses previstas no esquema vacinal. O sequenciamento genômico confirmou a ligação do vírus à variante do poliovírus tipo 2.

A partir do fim deste mês, serão realizadas duas rodadas de vacinação contra a pólio na Faixa de Gaza, com a expectativa de imunizar mais de 640 mil crianças em cada rodada. A OMS alertou para a importância de alcançar uma cobertura vacinal de 95% para interromper a propagação da doença e reduzir o risco de ressurgimento, considerando as condições precárias de saúde, água e saneamento na região.

A Faixa de Gaza manteve boa cobertura vacinal antes da escalada dos conflitos no ano passado, porém, as interrupções na vacinação de rotina e os danos causados ao sistema de saúde aumentaram o risco de disseminação do vírus. Além da pólio, outras doenças preveníveis por vacinação, como sarampo e hepatite A, representam ameaças à saúde das crianças na região. A OMS destaca a necessidade urgente de ações coordenadas para evitar uma crise de saúde pública na Faixa de Gaza e em países vizinhos.

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