A decisão de convocar o comitê de emergência foi motivada pelo aumento de casos de mpox fora da República Democrática do Congo, onde as infecções estão em crescimento há mais de dois anos. Nos últimos meses, a situação se agravou devido a uma mutação do vírus que permitiu a transmissão de pessoa para pessoa, além da identificação de casos suspeitos na província de Kivu do Norte.
Tedros ressaltou a importância da reunião do comitê, composto por especialistas independentes de várias áreas e provenientes de diferentes partes do mundo, para avaliar e indicar medidas necessárias para conter a propagação da doença.
A mpox é uma doença viral zoonótica que pode ser transmitida para humanos por meio do contato com animais infectados, pessoas contaminadas e materiais contaminados. Os sintomas incluem erupções cutâneas, linfonodos inchados, febre, dores no corpo, entre outros. O tratamento é de suporte, com a maioria dos pacientes se recuperando dentro de um mês, mas a doença pode ser fatal se não for tratada adequadamente.
Este não é o primeiro surto de mpox a ser enfrentado pela OMS. Em 2022, a entidade declarou estado de emergência em saúde pública devido ao surto da doença em vários países. Meses depois, em 2023, a emergência foi encerrada, mas a OMS alertou que os desafios continuavam e que era necessário manter uma resposta robusta, proativa e sustentável para lidar com a doença.
A preocupação com a disseminação internacional da mpox permanece, com casos relacionados a viagens sendo registrados em diversas regiões. É essencial que os países mantenham sua capacidade de testagem e estejam preparados para agir prontamente diante da ameaça do vírus.