OMS alerta para variante mais perigosa da mpox na República Democrática do Congo, com taxa de letalidade acima de 10%

A Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu um alerta sobre uma nova variante da mpox, doença anteriormente conhecida como varíola dos macacos. A República Democrática do Congo enfrenta um surto da doença e a intensa transmissão do vírus entre humanos resultou em uma mutação desconhecida até então.

De acordo com a OMS, a taxa de letalidade da nova variante 1b na África Central é superior a 10% entre crianças pequenas, enquanto a variante 2b, responsável pela epidemia global de mpox em 2022, registrou uma taxa de letalidade de menos de 1%. Mais de 95 mil casos da doença foram confirmados em 117 países, com mais de 200 mortes.

Rosamund Lewis, líder técnica sobre varíola dos macacos do Programa de Emergências Globais da OMS, ressaltou a magnitude do aumento de casos de mpox. A mutação da doença na Região Democrática do Congo apresenta cepas até então não documentadas, indicando transmissão exclusivamente de humano para humano.

A especialista também destacou que a nova variante 1b está sendo transmitida principalmente por via sexual, com um terço dos casos identificados entre profissionais do sexo. Mulheres grávidas infectadas também correm risco de complicações para o feto.

Existe uma preocupação com a possibilidade de a mutação tornar a doença mais transmissível e causar uma nova propagação global da mpox, similar ao que aconteceu com a variante 2b. Medidas como vigilância de casos, detecção precoce e eventual imunização estão sendo incentivadas para conter a disseminação da doença.

A mpox é uma doença viral zoonótica que pode ser transmitida através do contato com animais infectados, pessoas doentes e materiais contaminados. Os sintomas incluem erupções cutâneas, febre, ínguas e dores no corpo.

Apesar do fim da emergência em saúde pública de importância internacional, a OMS ressalta a necessidade de uma resposta robusta e proativa diante dos desafios contínuos apresentados pela mpox. A vigilância e capacidade de teste dos países são essenciais para enfrentar a ameaça persistente da doença.

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