Repórter São Paulo – SP – Brasil

OMC enfrenta pressões em busca de reformas decisivas em Abu Dhabi antes da reeleição de Trump nos EUA

ABU DHABI – A Organização Mundial do Comércio (OMC) está sob pressão para alcançar acordos sobre reformas antes da possível reeleição de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos. Com a ameaça de retirar o país da organização e bloquear o mecanismo de resolução de litígios, Trump deixou sua marca nos quatro anos de mandato.

Segundo fontes diplomáticas em Genebra, a proximidade das eleições americanas em novembro torna esta a última oportunidade para possíveis acordos. Adiar decisões para depois da reeleição de Trump não é visto como uma estratégia viável.

Apesar disso, a representante comercial do governo dos EUA, Katherine Tai, reiterou o compromisso com a reforma da OMC e a criação de um sistema de comércio multilateral mais sólido. No entanto, especialistas alertam que não se pode esperar grandes concessões do governo de Joe Biden em ano eleitoral.

Durante uma reunião recente, mais de 120 países, incluindo a China e a União Europeia, chegaram a um acordo para facilitar os investimentos internacionais de desenvolvimento. Este pacto visa promover o desenvolvimento sustentável através do incentivo ao fluxo de investimento estrangeiro direto nos países menos desenvolvidos.

A OMC também recebe dois novos membros, Comores e Timor-Leste, e há esperança em pequenos avanços em questões de ajuda aos países em desenvolvimento. No entanto, oposições internas, como a posição da Índia, podem dificultar a incorporação de acordos.

Além disso, há preocupações em relação às tensões geopolíticas presentes no cenário internacional, como a guerra na Faixa de Gaza e os ataques de houthis no Iêmen contra navios comerciais no Mar Vermelho. Esses conflitos, somados às expectativas econômicas pós-crise da pandemia de Covid-19, aumentam o risco de fragmentação na economia global.

Diante desse cenário, a OMC enfrenta desafios significativos para encontrar consensos e manter a cooperação internacional em meio a um contexto de incertezas políticas e econômicas. A espera por avanços nas reformas e acordos internacionais continua, enquanto a pressão sobre a organização persiste.

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