A autora revela que uma semana antes de qualquer viagem, sua mente já começa a se organizar de forma impecável e dedicada. Ela descreve como dentro da sua “mala” mental, ela empilha seus medos, fobias, ansiedades e angústias, cuidadosamente organizados para que ocupem todo o espaço disponível. Para ela, viajar é uma hecatombe interior, repleta de pensamentos horripilantes e cenários catastróficos que assolam sua mente.
Ela revela que se não recorrer à ajuda farmacológica para controlar a obsessão do seu inconsciente, acaba entrando em uma espiral de pensamentos perturbadores, incluindo acidentes com familiares, perdas e tragédias pessoais. Essa neura com a viagem é profundamente ligada à sua identidade e incapacidade de se enxergar fora das narrativas profissionais e familiares que a definem.
Mesmo com todas as suas fobias e ansiedades, a autora relata que continua a viajar, enfrentando o desconhecido e o medo do corpo solto no mundo. Ela destaca que, apesar de tudo, ao se permitir sair da sua zona de conforto, ela consegue experimentar momentos de felicidade genuína.
Ao longo do texto, a autora compartilha suas experiências de pânico em voos, seu incômodo com a necessidade de dar palestras e seu constante dilema entre o desejo de desistir e a coragem de seguir em frente. Ela encara as viagens como um desafio constante, uma batalha entre suas fobias e seu desejo de superação.
No final, ela reflete sobre o paradoxo que é sua relação com as viagens, admitindo que, apesar de todos os medos e ansiedades, viajar a faz sentir-se realmente feliz. É um relato sincero e corajoso sobre as lutas internas que muitas pessoas enfrentam ao se aventurar pelo mundo, mostrando que, apesar de tudo, o desejo de descoberta e superação ainda prevalece.
