Apesar dessa elevação, é importante destacar que o indicador ainda está 8,2 pontos abaixo do ponto mais alto registrado em 2019, que foi de 116,2 pontos, observado em março.
A alta do indicador em agosto foi impulsionada exclusivamente pelo componente mídia, que leva em consideração a frequência de notícias relacionadas à incerteza divulgadas na imprensa e registrou um aumento de 6,6 pontos. Em contrapartida, o componente expectativas, que é composto pelas previsões dos analistas econômicos, apresentou uma queda de 3,4 pontos.
De acordo com a economista da FGV, Anna Carolina Gouveia, após alcançar o menor nível desde 2017, a incerteza econômica no país voltou a crescer devido a fatores externos, tais como as notícias sobre as atividades econômicas dos Estados Unidos e da China, além do contexto político da Argentina.
No que diz respeito às expectativas dos analistas, há uma perspectiva de redução da incerteza em relação aos cenários de inflação e juros para o próximo ano no Brasil.
É importante frisar que a incerteza econômica desempenha um papel significativo na tomada de decisões dos agentes econômicos, podendo influenciar negativamente o investimento, o consumo e o crescimento do país. Nesse sentido, a volatilidade nos cenários interno e externo contribui para a instabilidade do indicador, tornando essencial a análise contínua e a adoção de medidas que visem a redução da incerteza e a promoção de um ambiente econômico mais estável.
Portanto, mesmo com a alta registrada em agosto, é fundamental acompanhar de perto a evolução desse indicador nos próximos meses, levando em consideração os desdobramentos políticos e econômicos tanto no Brasil quanto no cenário internacional.