A presença da PDVSA também se estendia para além das fronteiras venezuelanas, com projetos como a construção da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, no Brasil. No entanto, devido à Operação Lava Jato, a participação venezuelana nesse projeto foi interrompida, e somente em 2014 a refinaria foi inaugurada. Essa interrupção também refletiu as mudanças no cenário político, especialmente com a hostilidade do presidente brasileiro Jair Bolsonaro em relação ao presidente venezuelano Nicolás Maduro.
Além disso, a PDVSA também teve um impacto direto na celebração do carnaval, com a contribuição para a vitória da escola de samba Vila Isabel em 2006. Essa participação foi alvo de suspeitas, principalmente por parte da oposição venezuelana, que usou isso como um pretexto para atacar o governo de Chávez.
Atualmente, após uma década de crise econômica e mais de 900 sanções impostas pelos Estados Unidos, a produção de petróleo da Venezuela diminuiu significativamente, chegando a cerca de 800 mil barris por dia. Isso representou um declínio na presença da Venezuela no cenário internacional e, consequentemente, nos investimentos em projetos como o carnaval carioca.
Em última análise, a presença da PDVSA no carnaval brasileiro refletiu a era de bonança da primeira década dos anos 2000, mas as mudanças políticas e econômicas subsequentes mostraram como essas relações podem ser voláteis. A contribuição venezuelana para o carnaval carioca não só se desvaneceu, mas também serve como um lembrete das complexidades das relações regionais e internacionais.