De acordo com dados do Fórum Econômico Mundial, apenas 51% das mulheres utilizam ferramentas de IA de forma regular, ao passo que 59% dos homens já adotaram essa prática em suas rotinas. Essa diferença é ainda mais evidente entre os jovens, o que sugere que as mulheres das futuras gerações poderão enfrentar um desafio ainda maior se não houver uma mudança significativa nesse cenário. O baixo engajamento feminino com a IA representa uma preocupação, visto que a familiaridade com a tecnologia é cada vez mais valorizada no mercado de trabalho atual.
Profissões historicamente desempenhadas por mulheres, como atendimento ao cliente, saúde e educação, estão entre as mais ameaçadas pela automação. O perigo não está apenas na substituição direta por máquinas, mas também na substituição por pessoas que dominam a tecnologia. Com o domínio masculino na área de IA, existe o risco real de que os homens ocupem esses papéis, deixando as mulheres em uma posição ainda mais vulnerável no mercado de trabalho.
No entanto, há uma oportunidade escondida para as mulheres que buscarem ativamente aprender e aplicar a IA em suas áreas de atuação. Ao se envolverem mais com a tecnologia, as mulheres podem não apenas proteger suas carreiras, mas também se destacar como líderes em um campo em expansão. Essa maior participação feminina na IA pode contribuir para moldar um futuro mais inclusivo e equitativo no desenvolvimento tecnológico.
Para evitar os impactos negativos da automação, é essencial uma mobilização tanto individual quanto coletiva. As mulheres devem ser encorajadas a explorar a IA desde cedo, por meio de iniciativas educacionais que tornem essas áreas mais acessíveis. Além disso, políticas públicas e programas corporativos precisam ser implementados para oferecer suporte e treinamento contínuo, permitindo que as mulheres adquiram as habilidades necessárias para prosperar em um mercado de trabalho em constante transformação.
Empresas também desempenham um papel fundamental nesse processo, ao promover a diversidade e inclusão em suas equipes de tecnologia. Ao garantir uma maior representatividade feminina no desenvolvimento de IA, as empresas não apenas promovem a equidade, mas também se beneficiam de perspectivas mais amplas, resultando em inovações mais sólidas e adaptáveis. O futuro das empresas estará diretamente ligado à sua capacidade de integrar diferentes pontos de vista em suas estratégias tecnológicas.
À medida que a automação se torna uma realidade inevitável, o envolvimento ativo com a tecnologia se torna crucial para garantir que as mulheres não sejam deixadas para trás. A educação, a inclusão e a consciência sobre a importância de se adaptar às mudanças tecnológicas são fundamentais para construir um futuro no qual a IA beneficie a todos, e não apenas alguns setores específicos. Essa abordagem proativa e coletiva é essencial para garantir que as desigualdades de gênero no mercado de trabalho não se acentuem ainda mais com a expansão da IA.