O aumento dos juros nos Estados Unidos preocupa emergentes, alerta economista Galípolo. É necessário cautela diante dessa situação.

O diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, alertou que o Brasil deve ficar atento ao cenário de elevação das taxas de juros nos Estados Unidos. Durante participação em um evento do Conselho Federal de Economia, Galípolo destacou que a recente perturbação nas taxas de longo prazo nos EUA pode afetar países emergentes como o Brasil.

Após o Comitê de Política Monetária (Copom) ter cortado a taxa básica Selic em 0,50 ponto percentual, para 13,25% ao ano, no início de agosto, a elevação das taxas de juros nos EUA trouxe preocupação. Segundo Galípolo, é preciso ter cuidado com esses cenários de aumento de taxas de juros, especialmente para países emergentes.

No entanto, o diretor do BC ressaltou que o Brasil conta com uma boa aceitação no cenário internacional. Para justificar essa boa reputação, Galípolo mencionou dois fatores principais. Primeiramente, o Brasil possui um nível elevado de reservas internacionais, o que o diferencia de outros países emergentes. Esse fator é visto com simpatia pelos investidores internacionais.

Em segundo lugar, o Brasil tem a possibilidade de ser um protagonista na transição ecológica. Esse aspecto é favorável para atrair investimentos estrangeiros e mostra a preocupação do país em se engajar em questões ambientais.

Durante sua participação, Galípolo também defendeu o projeto do novo arcabouço fiscal, que está em tramitação no Congresso. Ele destacou que esse projeto representa a união das forças políticas eleitas no Executivo e no Legislativo, e não apenas uma visão única sobre o que deve ser feito na economia.

Diante do cenário de elevação das taxas de juros nos Estados Unidos, o diretor do Banco Central alerta para os cuidados que o Brasil deve tomar. Embora o país conte com boas reservas internacionais e a possibilidade de ser protagonista na transição ecológica, é importante estar atento às mudanças no cenário internacional. O projeto do novo arcabouço fiscal, que reflete a união das forças políticas, também é visto como positivo para a economia brasileira.

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