O aumento no número de médicos inscritos no programa Mais Médicos durante a gestão de Lula representa um crescimento expressivo em comparação com a administração anterior. O primeiro ano do atual mandato do petista já havia registrado um salto de 70% em relação à gestão Bolsonaro, com um total de 21.794 médicos inscritos em dezembro de 2023.
A saída dos médicos cubanos em 2018 trouxe desafios para o programa, que passou por mudanças ao longo dos anos, especialmente durante os governos de Michel Temer e Jair Bolsonaro. Em 2019, o programa Médicos pelo Brasil foi criado como uma tentativa de substituir o Mais Médicos, no entanto, enfrentou dificuldades em sua implementação e não conseguiu preencher todas as vagas remanescentes.
No ano em que completou dez anos, o programa federal foi retomado no governo Lula com um recorde de inscritos, uma idade média mais elevada e o Paraguai liderando o ranking de formação dos profissionais. O Ministério da Saúde anunciou um aumento de 28% no financiamento da atenção primária neste ano, totalizando um repasse de R$ 35 bilhões.
Além do investimento no Mais Médicos, o ministério pretende ampliar a oferta de atendimento nas Unidades Básicas de Saúde com a retomada de equipes multiprofissionais. A equipe de saúde da família teve um aumento de 52% em 2023, resultando em um crescimento de 16% no número de consultas médicas realizadas e de 29% nos procedimentos no período analisado. Na área da saúde bucal, o programa Brasil Sorridente expandiu de 385 equipes em 2022 para 2,7 mil em 2023.