A alocação desse efetivo para as assessorias tem gerado controvérsias. Enquanto o governo paulista afirma que a medida não prejudicou as operações realizadas no ano passado, há críticas em relação ao uso político da instituição policial. Além disso, o aumento da equipe do secretário contrasta com a redução do efetivo da PM em diversas regiões do estado, incluindo a Baixada Santista, que enfrenta uma crise de segurança.
A criação de novas assessorias também tem gerado polêmica. Recentemente, foi criada uma nova assessoria para atender à cúpula da Secretaria da Fazenda e Planejamento do estado, denominada APMSEFAZ. Segundo coronéis ouvidos pela imprensa, a criação dessa assessoria seria desnecessária diante do perfil da pasta, e seria uma forma de o secretário agradecer o apoio da Fazenda na concessão do reajuste à polícia no ano passado.
Especialistas em segurança pública têm criticado o uso político da Polícia Militar de São Paulo, destacando o desvio de função dos policiais empregados nas assessorias. A criação dessas assessorias, com uma ampla quantidade de policiais à disposição, serve mais para fins políticos e de relações públicas do que para a efetiva segurança pública.
No geral, o aumento do efetivo do secretário e a criação de novas assessorias estão sendo questionados pela sociedade civil e por especialistas, que apontam para possíveis prejuízos na atuação da Polícia Militar e no combate à criminalidade no estado de São Paulo. A transparência e a prestação de contas sobre a real necessidade dessas assessorias e o impacto na segurança pública são temas que precisam ser debatidos e esclarecidos pelas autoridades responsáveis.