O núcleo recebe aproximadamente 62 metros cúbicos de resíduos provenientes do Zoológico de São Paulo, como restos de alimentação, resíduos de animais e materiais de poda. A partir desses resíduos, são produzidos 20 metros cúbicos por mês de composto orgânico de alta qualidade. Para isso, são adotados procedimentos que envolvem a alternância de camadas de fragmentos de madeira ricas em carbono e camadas de resíduos úmidos ricos em nitrogênio.
Além da produção de adubo, o núcleo também realiza pesquisas que visam ao isolamento de microrganismos importantes para o desenvolvimento de produtos na área da biotecnologia. Estes microrganismos são incorporados à Coleção Microbiológica e Genética de Biomas Brasileiros. Atualmente, o núcleo trabalha de forma autônoma e em parceria com projetos de pesquisa para a descoberta de novos componentes antibióticos aplicados à indústria farmacêutica e para o uso como probióticos na indústria alimentícia.
Carolina de Macedo, diretora técnica do Núcleo de Produção de Composto Orgânico, destaca a importância da unidade como fonte de recurso para pesquisas científicas. Segundo ela, ao longo da última década, a unidade se consolidou como uma fonte inesgotável de recursos biológicos, contribuindo para a biotecnologia e estabelecendo uma relação entre o processamento de resíduos, gestão ambiental e pesquisa científica avançada.
Essa abordagem do Núcleo de Produção de Composto Orgânico está pavimentando o caminho para um futuro mais verde e cientificamente rico. A transformação dos resíduos em adubo de alta qualidade e a pesquisa na área da biotecnologia são iniciativas criativas e sustentáveis para lidar com o desafio dos resíduos gerados nas grandes cidades. A produção de insumos e o isolamento de microrganismos importantes representam avanços significativos que contribuem não apenas para a gestão ambiental, mas também para o desenvolvimento científico e tecnológico do país.
