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Novo protocolo do Rio de Janeiro para ondas de calor visa proteger a população em situações de risco.

A cidade do Rio de Janeiro acaba de implementar um novo protocolo de comunicação para a população em situações de risco relacionadas a períodos de ondas de calor. As normas foram oficializadas por meio de decreto e portaria no Diário Oficial do Município nesta segunda-feira, 1º de janeiro.

Esse novo sistema, que considera a temperatura e umidade relativa do ar, é dividido em 5 Níveis de Calor (NCs), com protocolos específicos para cada um deles. O prefeito Eduardo Paes justificou a criação dos alertas com base na trágica morte de uma fã da cantora Taylor Swift por hipotermia durante um show da artista na cidade, que coincidiu com dias de calor extremo.

Paes ressaltou a importância do protocolo ao afirmar que, se ele existisse na época do incidente, o show teria sido cancelado de forma preventiva. Com a publicação das normas, também foi criado um comitê responsável por monitorar e analisar os protocolos estabelecidos.

Os Níveis de Calor NC1, NC2 e NC3 não requerem cuidados especiais, mas a partir do NC4, que indica previsão de calor intenso por no mínimo três dias consecutivos, a população deve procurar pontos de resfriamento, locais públicos com ar-condicionado. Já o NC5, atingido quando as temperaturas permanecem extremas por três dias seguidos, implica em cancelamento de grandes eventos e suspensão de atividades externas em escolas e serviços públicos.

Além disso, boletins meteorológicos serão divulgados a cada 6 horas durante esses períodos críticos, com um boletim epidemiológico emitido até 72 horas após o término da onda de calor. O secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, destacou a importância da comunicação e da ampliação de pontos de hidratação para a população vulnerável.

O Centro de Operações da prefeitura será responsável por emitir os alertas para a população, utilizando diversos canais de comunicação. As ondas de calor, que estão se tornando mais intensas e frequentes devido às mudanças climáticas, serão monitoradas em tempo real por oito estações meteorológicas da rede Alerta Rio, possibilitando uma resposta eficaz diante de situações de risco.

Essa implementação marca mais uma importante mudança nos protocolos de emergência da cidade, seguindo a atualização feita em 2015 no acionamento de sirenes em casos de chuvas e riscos de desabamentos. Com essas medidas, o Rio de Janeiro busca se preparar melhor para lidar com eventos climáticos extremos e proteger a população da melhor forma possível.

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