No início de dezembro, a JN.1 já representava 30% dos casos de Covid diagnosticados na França, de acordo com os dados mais recentes da Public Health France (SPF). Além disso, houve um “ligeiro aumento” na busca por atendimento médico nos hospitais por causa da Covid, especialmente entre os idosos, o que levou a mais de 4.350 atendimentos semanais por suspeita de Covid e mais de 1.820 internações apenas nas emergências.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) não considera mais a pandemia de Covid-19 como uma emergência sanitária global, mas continua a afirmar que a Covid representa “uma ameaça”. Diversas variantes do vírus, incluindo a JN.1, estão sob vigilância reforçada em todo o mundo, dado o seu potencial de contágio e a resistência apresentada.
Xavier Lescure, membro do Covars (Comitê de monitoramento e antecipação de riscos à saúde), ressalta que desde o início da pandemia as ondas de contaminação têm ocorrido a cada quatro meses, principalmente devido à queda da imunidade da população. O ressurgimento da doença no inverno era previsível, devido às condições climáticas e ao aumento do tempo em ambientes fechados, facilitando a transmissão viral.
Diante desse cenário, o ministro da Saúde francês fez um apelo para que a população busque vacinar-se contra a Covid e contra a gripe, a fim de evitar uma sobrecarga nos hospitais durante o inverno. A máscara de proteção continua sendo recomendada em caso de sintomas da doença, em locais muito frequentados e na presença de pessoas vulneráveis, inclusive em alguns hospitais onde o seu uso voltou a ser obrigatório.
A incerteza com relação à evolução da pandemia e a presença de novas variantes reforça a necessidade de cautela e prevenção, mesmo com o avanço das campanhas de vacinação. A vigilância e as ações de controle da doença seguem sendo fundamentais para lidar com os desafios impostos pela Covid-19 e suas novas variantes.






