Em entrevista à NSC TV, a paciente relatou que inicialmente buscou o médico para a troca de próteses de silicone. No entanto, durante a consulta, o cirurgião teria sugerido a realização de uma lipoaspiração para retirada de gordura. Letícia afirmou ter sido convencida a fazer outros procedimentos, como a remoção de flacidez na barriga e na região das coxas.
O resultado da intervenção foi desastroso, de acordo com o relato da paciente. Ela teve sete quilos de gordura retirados e acabou com partes do corpo “queimadas”, sem ter sido devidamente informada sobre os riscos do procedimento. As complicações pós-operatórias a levaram a passar 11 dias na UTI e mais de dois meses internada na enfermaria.
Após deixar o hospital, Letícia registrou um boletim de ocorrência contra o médico, que foi posteriormente indiciado pela polícia. O delegado responsável pelo caso, Ulisses Gabriel, apontou erros nos procedimentos realizados por Marcelo. O tempo excessivo na mesa de cirurgia e a quantidade de gordura aspirada acima do considerado seguro foram algumas das irregularidades destacadas no inquérito.
O caso ganhou repercussão e levantou debates sobre a segurança e ética dos procedimentos estéticos. A paciente, por sua vez, busca por justiça e espera que medidas cabíveis sejam tomadas contra o profissional responsável pelas lesões sofridas durante o processo estético.
