Diante desse cenário, os motoristas anunciaram uma greve na última sexta-feira, dia 28. Já naquela ocasião, os trabalhadores deixaram claro que uma proposta do setor patronal seria necessária para convocar uma nova assembleia antes de iniciar a paralisação.
A Prefeitura também entrou na negociação, solicitando tutela liminar cautelar para assegurar que a frota de ônibus opere 100% nos horários de pico e 80% nos demais horários. Em comunicado, a administração municipal afirmou que acompanha de perto as negociações e espera que as partes cheguem a um acordo sem prejudicar os passageiros.
As demandas dos motoristas incluem a redução da jornada de trabalho para 6h30, com 30 minutos de pausa remunerados, além de um reajuste salarial de 3,69% pelo IPCA-IBGE mais 5% de aumento real, entre outras melhorias. O SindMotoristas já havia planejado uma greve no início de junho, que acabou sendo suspensa após uma audiência na Justiça do Trabalho com representantes da SPTrans e da SPUrbanuss, sindicato que representa as concessionárias de transporte em São Paulo.
Enquanto as negociações se arrastam, a incerteza paira sobre o transporte público na capital paulista. Os motoristas aguardam uma proposta concreta do setor patronal para desmobilizar o movimento e evitar uma paralisação que poderia afetar milhares de passageiros diariamente.