“Nada de violação de direitos autorais” diz Aroldo Macedo, em resposta à notificação extrajudicial dos herdeiros de Dodô.

O embate entre os herdeiros do músico Dodô e os detentores da marca “Dodô & Osmar” continua acalorado. Depois de terem recebido uma notificação extrajudicial, em 22 de dezembro de 2023, em que os herdeiros de Dodô questionam a legitimidade do uso da marca pelos detentores atuais, Aroldo Macedo respondeu afirmando que a pretensão dos herdeiros de Dodô é descabida.

Segundo Aroldo Macedo, não houve qualquer violação de direitos da propriedade intelectual, uma vez que o uso do nome foi devidamente autorizado pelo próprio Dodô na época em que se iniciou o uso. Ele argumenta que o uso da marca “Dodô & Osmar” começou nos anos 1970 como forma de homenagem aos dois grandes autores, para torná-los mais conhecidos, principalmente como criadores do trio elétrico.

Os herdeiros de Dodô, por sua vez, contestam essa versão, afirmando que Dodô nunca abriu mão de seus direitos econômicos, especialmente porque tinha uma família numerosa, com 16 filhos. Além disso, informam que a marca “Dodô & Osmar” foi registrada no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) em 1998, há 25 anos, e a marca “Fobica” em 2012, sem qualquer oposição na época da concessão dos registros. Em relação à marca “Pau Elétrico”, confirmam que já se encontra extinta no INPI.

A resposta à notificação judicial apresentada por Aroldo Macêdo destaca a relação afetuosa entre os dois amigos e a proximidade entre as famílias de ambos, afirmando que Dodô nunca deixou de ser respeitado e homenageado, tendo seu nome devidamente reconhecido em todo o Brasil por conta do disco Jubileu de Prata.

O embate entre as partes ainda está longe de chegar a uma resolução. Enquanto os herdeiros de Dodô buscam reivindicar o legado do músico e garantir seus direitos, os detentores atuais da marca “Dodô & Osmar” afirmam que agiram de acordo com as autorizações e registros concedidos, além de enfatizarem a relação de amizade e respeito que sempre existiu entre os envolvidos.

Esse é mais um capítulo de uma disputa que envolve não apenas questões legais e de propriedade intelectual, mas também sentimentos e legados de uma das duplas mais icônicas da música baiana. A história de Dodô e Osmar continua sendo escrita, e o desdobramento desse embate certamente terá impacto no reconhecimento e preservação do legado desses importantes artistas.

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