Diante desse cenário, a prefeitura se comprometeu a devolver os recursos, mesmo após a Codevasf ameaçar acionar autoridades caso as suspeitas de irregularidades não fossem esclarecidas. O valor a ser ressarcido será quitado em seis parcelas, de acordo com o acordo estabelecido entre as partes envolvidas.
Essas questões levantam preocupações e aumentam a pressão sobre o governo municipal de Alto Alegre do Pindaré. O Ministério Público de Contas enviou uma representação ao presidente do Tribunal de Contas da União (TCU) solicitando a investigação dos fatos, alegando possíveis direcionamentos de licitações para a empresa Projeplan, além de indícios de desvio de finalidade pública nos investimentos realizados.
Outro ponto que chama atenção é o fato de que o contrato entre a prefeitura e a Projeplan se deu por meio de um convênio com a Codevasf, assinado com recursos de emenda parlamentar enviados pelo Ministro dos Esportes, responsável direto pelo município. O valor da emenda, de R$ 2,87 milhões, foi repassado à Codevasf em 2020, e logo em seguida a prefeitura contratou a empresa para realizar obras na região.
É necessário que as autoridades competentes investiguem a fundo essas questões, a fim de garantir a transparência e a correta utilização dos recursos públicos. A população de Alto Alegre do Pindaré espera respostas e medidas para evitar que situações como essas se repitam no futuro.