Esse número representou um aumento de 0,06°C em relação ao recorde registrado no domingo, conforme informações do Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus, responsável pelo monitoramento desses dados desde 1940. Vale ressaltar que essa média global inclui as temperaturas do hemisfério sul, que atualmente está no inverno, o que contribui para reduzir o índice.
Especialistas acreditam que a terça-feira (23) ou até mesmo a quarta-feira (24) podem superar novamente o recorde estabelecido na segunda-feira. Anteriormente, o dia mais quente já registrado havia sido em julho de 2023, seguido por agosto de 2016. O diferencial deste recorde atual é o fato de que o mundo não está mais sob a influência do padrão climático El Niño, que geralmente eleva as temperaturas globais.
Karsten Haustein, cientista climático da Universidade de Leipzig, na Alemanha, destacou a importância do recorde atual, ressaltando que a influência da mudança climática, impulsionada pela queima de combustíveis fósseis, está cada vez mais evidente. Ele mencionou que a última segunda-feira pode ter estabelecido um novo recorde de temperatura média global absoluta.
Além disso, diversos países têm enfrentado impactos causados pelo calor intenso. A China emitiu alertas de calor em várias regiões, com temperaturas superiores a 40°C em algumas estações meteorológicas. Taiwan se prepara para a chegada do tufão Gaemi, previsto para trazer fortes chuvas. No Japão, alertas de insolação foram emitidos em várias prefeituras. Até mesmo o Ártico está sofrendo com uma onda de calor sem precedentes.
Diante desse cenário, a comunidade científica alerta para a urgência de medidas eficazes para combater as mudanças climáticas e os impactos cada vez mais evidentes. Os recordes de temperatura estabelecidos nos últimos meses indicam uma tendência preocupante, que pode colocar em risco a estabilidade do planeta e a vida de milhões de pessoas. A necessidade de ações concretas e urgentes para enfrentar essa crise climática é mais evidente do que nunca.