Esses números, no entanto, tendem a aumentar consideravelmente até o final do ano, uma vez que a temporada de seca persiste em grande parte do pantanal e da amazônia. Para garantir que essas multas não se transformem apenas em processos burocráticos, o Ibama lançou uma força-tarefa com o objetivo de acelerar a cobrança dos valores aplicados aos responsáveis por essas práticas ilegais em todo o país.
Cada autor desses crimes está sendo notificado pessoalmente por agentes do Ibama ou, quando isso não é possível, por meio de publicações em diários oficiais. Os casos de punição por crimes relacionados ao fogo geralmente são mais complexos devido à dificuldade de comprovar a autoria dos incêndios, exigindo investigações detalhadas e perícia em cada local.
Além das multas, o Ibama também tem realizado visitas preventivas em propriedades rurais, orientando os responsáveis sobre a proibição do uso do fogo durante a época da seca e a importância da adoção de práticas preventivas contra incêndios. O diretor de Proteção Ambiental do Ibama, Jair Schmitt, ressaltou a necessidade de punir aqueles que degradam a vegetação nativa no Brasil, destacando a importância das medidas preventivas e educativas adotadas pelo órgão.
Até o final de setembro, dados compilados pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima apontavam 513 focos de incêndio extintos e um total de 998 ocorrências graves desde o início da estiagem. A mobilização nacional de combate conta com a atuação de 3.683 agentes, 10 aviões, 17 helicópteros e 60 embarcações, além de 531 veículos, demonstrando a gravidade e a abrangência das ações empreendidas para proteger o meio ambiente e combater as queimadas ilegais.