No entanto, apesar da existência de políticas voltadas para as mulheres, os mecanismos de dissuasão e artimanhas têm impedido o avanço efetivo dessas medidas. Um exemplo disso é a exigência de 30% de candidatas mulheres por parte dos partidos políticos, seguido do investimento proporcional do fundo partidário em candidatas. Todavia, práticas escusas têm sido utilizadas para burlar essa regra, como candidaturas laranja que desviam recursos para candidaturas masculinas.
Os resultados das eleições municipais de 2020 refletem a sub-representação das mulheres na política, com apenas 16% de vereadoras eleitas em comparação aos 84% de vereadores. Esse desequilíbrio atrasa a definição de políticas de equidade de gênero. Além disso, a pesquisa realizada pela Rede Nossa São Paulo apontou que duas em cada três mulheres já sofreram algum tipo de assédio, principalmente no transporte coletivo e no ambiente de trabalho.
A violência contra as mulheres também é um tema alarmante, com um aumento de 700% nos registros de violência de 2016 para 2023. Embora esses números indiquem uma maior conscientização e denúncia, ainda há uma enorme subnotificação dos casos. Medidas como aumento da punição, políticas de proteção e campanhas de comunicação são apontadas como soluções, mas a participação feminina na política se mostra essencial para promover mudanças efetivas.
Por fim, a representatividade feminina na Câmara de Vereadores é fundamental para a construção de políticas em prol das mulheres. Com números que ainda deixam a desejar, é evidente a necessidade de avançar na equidade de gênero e combater a sub-representação das mulheres na política e no mundo empresarial. A conscientização, a decisão política e a participação ativa das mulheres são essenciais para promover mudanças significativas na sociedade.