Mulheres evangélicas em São Paulo demonstram posicionamentos progressistas em temas de costumes e política, revela pesquisa Datafolha.

Um estudo recente realizado com fiéis evangélicos na cidade de São Paulo revelou que as mulheres evangélicas estão assumindo posições mais progressistas em relação a questões sociais controversas. Após duas eleições polarizadas em torno de temas de costumes, as mulheres evangélicas têm se destacado por serem mais receptivas à ampliação do direito ao aborto e à inclusão de cursos de educação sexual nas escolas, ao mesmo tempo em que se mostram mais contrárias ao porte de armas e ao homeschooling.

Segundo a pesquisa realizada pelo Datafolha, as mulheres evangélicas representam a maioria numericamente entre os evangélicos na cidade de São Paulo, correspondendo a 58% do total. Além disso, essas mulheres demonstraram um maior engajamento em suas igrejas, contribuindo mais com o dízimo e participando com mais frequência dos cultos em comparação com os homens.

No que diz respeito ao uso de tecnologias digitais, as evangélicas femininas se destacam pela sua presença ativa nas redes sociais, especialmente no Instagram e no Facebook. Elas também têm uma participação significativa nos grupos de WhatsApp das igrejas, superando os homens nesse aspecto.

Outro dado surpreendente da pesquisa é a predominância de influenciadoras mulheres entre os evangélicos paulistanos, com nomes como Gabriela Rocha, Aline Barros, Cassiane, Bruna Karla e Camila Barros ocupando os primeiros lugares da lista de influenciadores seguidos pelos fiéis.

Além disso, as mulheres evangélicas se mostraram mais progressistas em relação a diversas questões, como o aborto, a educação sexual nas escolas, o porte de armas e o homeschooling. Também foi observado que essas mulheres tendem a se identificar mais politicamente com a esquerda e têm uma preferência pelo PT em relação aos partidos políticos.

Em resumo, a pesquisa evidencia uma mudança de postura entre as mulheres evangélicas, que estão se destacando por adotar posições mais abertas e progressistas em questões sociais e políticas, em contraste com a visão mais conservadora predominante no meio evangélico. Essa tendência sugere um cenário de transformação e diversificação dentro das comunidades evangélicas na cidade de São Paulo.

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