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Mulher lésbica agredida por policial no Metrô de SP relata ofensas homofóbicas durante a agressão, advogada afirma.

No último sábado (6), uma mulher de 26 anos foi agredida por um policial militar na estação da Luz do Metrô de São Paulo. Segundo relatos da advogada Ana Marques, a vítima, que é lésbica e carregava uma bandeira do movimento LGBTQIA+, foi vítima de ofensas homofóbicas durante a agressão. A advogada ainda ressaltou que a mulher está abalada e em pânico após o ocorrido.

De acordo com o boletim de ocorrência, a vítima estava sentada na plataforma da estação quando o policial se aproximou, a puxou pelo colarinho da camisa e desferiu tapas em seu rosto e um pontapé em sua costela. A advogada afirmou que o policial proferiu palavras ofensivas e a chamou de “sapatão”, indicando um possível caso de homofobia.

Mesmo reconhecendo que estava sentada em um local não permitido, a jovem argumentou que isso não justifica a violência sofrida. A advogada ressaltou a reação inaceitável do policial, enfatizando que poderia ter agido de outra forma para corrigir a situação.

A vítima passou por exames no Instituto Médico Legal e o resultado deve ficar pronto em dez dias. A advogada e a vítima se dirigiram à Coordenadoria da Diversidade Sexual do Estado de São Paulo para formalizar a denúncia, que posteriormente será feita na Delegacia do Bom Retiro.

Em nota, a Secretaria da Segurança Pública lamentou o ocorrido e informou que o policial envolvido na agressão foi identificado e afastado. A Polícia Militar instaurou um Inquérito Policial Militar para apurar os fatos e afirmou que a conduta não condiz com as diretrizes das forças de segurança paulistas.

A divulgação do vídeo nas redes sociais gerou reações, e o coordenador da Diversidade da Secretaria de Justiça e Cidadania do Estado de São Paulo abrirá um processo para apurar a prática de discriminação por orientação sexual.

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