MTST realiza protesto contra apagão da Enel em São Paulo e cobra ressarcimento aos consumidores prejudicados.

Na manhã desta terça-feira (7), integrantes do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto) realizaram um protesto na sede da Enel, localizada na zona sul de São Paulo, em repúdio ao apagão que já dura cinco dias e continua afetando cerca de 200 mil imóveis na capital e região metropolitana.

O transtorno teve início na última sexta-feira (3), quando uma tempestade com fortes rajadas de vento deixou 4,2 milhões de residências sem energia elétrica em todo o estado de São Paulo. A situação também resultou na morte de sete pessoas, trazendo prejuízos e transtornos para a população.

Diante disso, o MTST reivindica o ressarcimento aos consumidores prejudicados, a retomada imediata do serviço e a elaboração de um plano para enfrentar situações do tipo durante a temporada de chuvas. Além disso, o movimento critica o corte de pessoal feito pela companhia italiana Enel desde que assumiu a concessão, reduzindo o número de funcionários de 23,8 mil para 15,3 mil.

Segundo Debora Lima, coordenadora nacional do MTST, várias pessoas perderam seus alimentos perecíveis sem receber nenhum retorno por meio dos canais de comunicação da empresa. Em resposta, a concessionária afirmou que já restabeleceu a energia para 90% dos domicílios afetados e atua em 24 cidades do estado, incluindo a capital.

Diante da situação, o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP), vice-presidente da Comissão de Desenvolvimento Urbano da Câmara dos Deputados, convocou uma audiência pública com a Enel para a próxima quarta-feira (8). Além disso, a pressão pela resolução dos problemas também partiu do governo, com a Senacon (Secretaria Nacional do Consumidor), do Ministério da Justiça, notificando a Enel para que explique as razões do prolongado apagão.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), juntamente com o prefeito Ricardo Nunes (MDB), afirmou que sua gestão e a de outros municípios enfrentam dificuldade em lidar com os atuais contratos de distribuição de energia, uma vez que foram firmados com a União nos anos 1990. A situação do apagão em São Paulo trouxe à tona preocupações e críticas em relação às privatizações de serviços básicos no estado, evidenciadas pelo movimento e autoridades públicas. A população aguarda agora por respostas e medidas efetivas para resolver os transtornos causados pelo apagão prolongado.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo