MP-SP recorre contra extinção de penas no Massacre do Carandiru e solicita revisão do caso devido a contradições e omissões.

O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) está agindo com determinação para reverter a decisão do Tribunal de Justiça que extinguiu as penas dos policiais militares envolvidos no infame Massacre do Carandiru. O órgão entrou com um recurso, apontando diversas contradições e omissões na sentença.

Uma das principais argumentações apresentadas pelo MP-SP é a suspensão da eficácia do indulto concedido pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, base para a extinção das penas dos policiais. Diante disso, o Ministério Público solicita que o tribunal reveja o caso, agora em uma nova sessão de julgamento, seja ela presencial ou telepresencial, a fim de garantir que as punições sejam devidamente aplicadas.

Além disso, o MP-SP requereu a possibilidade de realizar uma sustentação oral, para apresentar de forma mais detalhada e contundente seus argumentos para a revisão do caso. A atuação do Ministério Público é crucial para assegurar que a justiça seja feita no caso do Massacre do Carandiru.

A decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo de extinguir as penas dos 74 policiais militares condenados pelo massacre chocou a opinião pública. O episódio, que ocorreu em outubro de 1992, resultou na morte de 111 detentos durante uma rebelião na Casa de Detenção da capital paulista.

O caso do Massacre do Carandiru é um marco sombrio na história do sistema prisional brasileiro, e a atuação firme do Ministério Público de São Paulo em buscar a revisão da sentença é fundamental para garantir a responsabilização dos envolvidos. Espera-se que a justiça prevaleça e que as vítimas e suas famílias possam finalmente obter o reconhecimento e a reparação devidos.

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