A UFMS emitiu uma nota informando que ficou sabendo da situação pela imprensa e que irá conduzir uma investigação interna para apurar os fatos e tomar medidas administrativas, se necessário. A Polícia Militar Ambiental de Mato Grosso do Sul realizou uma vistoria na área afetada e elaborou um relatório que apontou que o experimento teria iniciado em 6 de maio e terminado no dia 13, com um momento de perda de controle das chamas no dia 10.
O experimento estaria avaliando os efeitos do fogo em diferentes épocas do ano e suas relações com a inundação da Bacia do Rio Paraguai, porém a UFMS não divulgou detalhes sobre o projeto. O relatório do MP-MS destacou que houve um total de 20 pontos de fogo que resultaram em 14 grandes incêndios no Pantanal, queimando quase 293 mil hectares de vegetação.
Segundo o relatório, a maioria dos focos de incêndio teve origem em propriedades privadas, sendo que as chamas atingiram 177 propriedades rurais, a Terra Indígena Kadiwéu e três Unidades de Conservação, além de alcançar território boliviano. A investigação apontou que a maior parte das áreas atingidas era de vegetação campestre, seguida por áreas de formação savânica e florestas.
Para o Ministério Público, assim como no desmatamento, é um desafio determinar se o incêndio foi proposital ou culposo, a fim de estabelecer responsabilidades nas esferas administrativa, cível e criminal. O Pantanal tem enfrentado um aumento significativo no número de incêndios, com mais de 3.800 focos registrados neste ano, representando um aumento de mais de 2.000% em relação ao ano anterior.