De acordo com o MAB, as empresas estão buscando fechar um acordo que gira em torno de R$100 bilhões, porém, na visão do movimento, esse montante não seria suficiente para garantir uma reparação completa a todas as famílias atingidas. A entidade ainda destaca que as mineradoras pretendem transferir para o governo federal a responsabilidade de resolver os problemas não resolvidos, o que não seria o ideal.
O MAB estima que o valor referente ao desastre de Mariana deveria ser pelo menos R$ 500 bilhões, comparado ao acordo feito pela Vale após a tragédia de Brumadinho. Além disso, o movimento enfatiza que a negociação está ocorrendo sem a participação dos atingidos, em um cenário de portas fechadas e documentos em sigilo, o que é considerado um mau exemplo internacional.
As tentativas das mineradoras de impedir que os municípios brasileiros ingressem com ações em tribunais estrangeiros também foram citadas na carta, gerando ainda mais preocupação por parte dos atingidos. O MAB afirma que mais de 1 milhão de pessoas depositam suas esperanças na busca por reparação do que lhes foi negado, e pedem para que o judiciário, governos e instituições de justiça não façam acordos sem consultar as vítimas.
Até o momento, a Vale não se pronunciou sobre o documento do movimento. É evidente que a luta por justiça e reparação integral continua sendo uma batalha árdua para os atingidos, que clamam por um acordo justo e transparente que considere as necessidades daqueles que foram afetados pelas tragédias envolvendo as mineradoras.