Morte do cachorro Joca em voo da Gol gera reação no Senado: projetos de lei buscam garantir segurança no transporte de animais

A morte trágica do cachorro Joca, durante um voo da companhia aérea Gol, causou revolta e indignação no Senado brasileiro. O tutor do animal, João Fantazzini, que estava viajando pela mesma empresa, encontrou seu pet morto no canil da Gol Linhas Aéreas, localizado no aeroporto de Cumbica, em Guarulhos. Joca, um golden retriever de cinco anos, deveria ter sido transportado de São Paulo para Sinop, no Mato Grosso, porém, devido a um erro da companhia aérea, acabou sendo enviado para Fortaleza, no Ceará, onde ficou horas sem água e comida.

A comoção causada por essa tragédia levou à apresentação de dois novos projetos de lei e várias ideias legislativas no Senado. O objetivo dessas propostas é estabelecer normas e critérios mínimos para o transporte de animais domésticos por empresas de transporte coletivo de passageiros, a fim de evitar que situações como a da morte de Joca se repitam.

O senador Randolfe Rodrigues, sem partido pelo Amapá, foi um dos parlamentares que se manifestou sobre o caso, destacando a necessidade de medidas legislativas para garantir a segurança e o bem-estar dos animais durante o transporte. Ele é o autor de um dos projetos apresentados, o PL 1474/2024, que define regras para o transporte e manejo de animais em diferentes modais de transporte, como aéreo, terrestre e aquaviário.

Entre as exigências do projeto, está a obrigatoriedade das empresas de disponibilizarem unidades veiculares adaptadas para o transporte de animais, com câmaras oxigenadas, iluminadas, confortáveis e com compartimentos para alimentação e hidratação dos pets. Além disso, as companhias deverão disponibilizar acesso remoto aos tutores para acompanharem a localização e sinais vitais dos animais durante o trajeto, bem como manter um veterinário responsável pelo cumprimento das normas.

Outra proposta em discussão, o PL 1510/2024, apresentado pelo senador Eduardo Gomes, do Tocantins, trata especificamente do transporte de animais de até cinquenta quilos na cabine de passageiros. O projeto busca padronizar os critérios para o transporte desses animais, assegurando condições adequadas de ventilação, espaço e acesso a água e comida durante o voo.

Além dos projetos legislativos, propostas populares também estão sendo debatidas, como a sugestão de destinação de voos específicos para passageiros que desejem levar seus animais de estimação na cabine, evitando, assim, o transporte no porão das aeronaves. Outras ideias incluem a implementação de diretrizes claras e unificadas para o transporte aéreo de animais, visando garantir sua segurança e conforto durante as viagens.

Em um cenário marcado pela comoção e pela necessidade de garantir a proteção dos animais, o Senado brasileiro está mobilizado para promover mudanças legislativas que evitem novas tragédias como a de Joca. A discussão sobre o transporte de animais em meios de transporte coletivo está em pauta e promete gerar debates e ações para assegurar o bem-estar desses companheiros de quatro patas.

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