De acordo com a entidade, a importância da região para a fauna e a flora é inestimável, como revelado por um plano de manejo elaborado pelo Instituto Florestal, que identificou a presença de 435 espécies de vertebrados na APA Tanquã-Rio Piracicaba. A contaminação da água nessa área representa não apenas um risco para os peixes, como evidenciado pelas imagens de diversas espécies mortas, mas também para a diversidade de aves e outros animais silvestres que dependem desse ambiente e fazem parte da cadeia alimentar local.
A APA Tanquã-Rio Piracicaba serve como refúgio para aves migratórias, que utilizam o local como ponto de descanso durante suas jornadas. Além disso, as lagoas marginais desempenham um papel fundamental na reprodução e desenvolvimento de alevinos.
Segundo a APqC, o registro dessa mortandade de peixes acontece em um momento crítico em São Paulo, onde vem ocorrendo um desmonte progressivo do sistema de proteção ambiental, com a extinção de institutos como o Instituto Florestal, que possui mais de cem anos de história. Além disso, há um projeto em andamento para concessão de áreas de conservação e pesquisa para exploração por empresas.
Diante desse cenário, a APqC faz um apelo à sociedade paulista para se mobilizar em defesa do meio ambiente e das instituições ambientais históricas, exigindo punição para os responsáveis e comprometimento dos políticos no enfrentamento da crise climática. É necessário agir com urgência para proteger não apenas a APA Tanquã-Rio Piracicaba, mas também todo o ecossistema que depende dela.